sábado, 6 de novembro de 2010

Concurso Guarda Municipal de Salvador BA 2011: PREVISÃO DE 1.600 vagas

Quem possui o nível médio e deseja se tornar servidor público terá uma nova oportunidade no primeiro semestre de 2011. O secretário de Serviços Públicos e Prevenção à Violência (Sesp) de Salvador, Fábio Mota, anunciou que a Superintendência de Segurança Urbana e Prevenção à Violência (Susprev), conhecida como Guarda Municipal, vinculada à Sesp, fará concurso para preencher cerca de 1.600 vagas. "A Administração não fez a seleção este ano, porque entendeu que deveria ser feita a reestruturação, e o novo concurso, no primeiro semestre", disse o secretário.
Segundo Fábio Mota, os futuros profissionais receberão remuneração de R$1.200, valor que poderá ser acrescido com a bolsa formação de R$400, projeto que é realizado pelo Ministério da Justiça em parceria com a Prefeitura do Salvador através do Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci), desde outubro de 2008.
O valor é dado durante o curso de reciclagem, que tem por objetivo combater a criminalidade, dando suporte à qualidade do ensino para os agentes da Guarda. A contratação dos futuros servidores será feita em regime estatutário, que assegura estabilidade.
A organizadora da seleção será a Fundação Carlos Chagas (FCC), instituição que também realizou o último concurso, em 2007. "Quando a Carlos Chagas ganhou a licitação, foi para realizar o concurso em duas etapas, a de 2007 e essa que será feita em 2011", afirmou o secretário.
Por esse motivo, aqueles que desejam se preparar para a seleção já podem estudar com base no conteúdo programático de 2007, como disse Fábio Mota (veja conteúdo programático abaixo). "Quem for fazer o concurso já pode começar a estudar pelo último conteúdo programático, mas tem que se preocupar também com o teste físico.
Essa etapa eliminou muitos candidatos por ser muito rígida, até mesmo pelas atividades exercidas pelos guardas", afirmou.
A Guarda é composta por 1.415 servidores, além de 60 profissionais cedidos de outros órgãos do município para atividades administrativas. Entre as atribuições dos novos guardas está a atuação na prevenção de atos que atentem contra os bens, instalações e serviços municipais, além deles atuarem como força complementar dos órgãos e entidades da Administração Municipal em instalações internas, equipamentos urbanos, monumentos, vias públicas e áreas de proteção ambiental.
"A Susprev nos ajuda também no ordenamento do comércio informal e no trânsito. Atua também na Superintendência de Controle e Ordenamento do Uso do Solo (Sucom), nos mutirões de limpeza. Ela está muito vinculada à prevenção e ao apoio às ações de fiscalização do município", informou Mota.
Última seleção - Em 2007, os mais de 50 mil inscritos responderam a 50 questões de Português, Matemática e Conhecimentos Gerais (História, Geografia e Atualidades), na prova objetiva, além de realizarem avaliação de títulos, teste de aptidão física (TAF), avaliação psicológica e exame médico.
A taxa de inscrição foi de R$57,40 e a validade do concurso, de dois anos, prorrogável. De acordo com o secretário, todos os classificados foram convocados e ainda houve sobra de vagas, por isso, será realizado um novo concurso.
O teste físico, etapa que eliminou grande parte dos concorrentes, foi composto por teste dinâmico e estático de barra fixa, para homens e mulheres, respectivamente; abdominal; e corrida de 2.400m, de 13min (homens) e 15min (mulheres). Já no teste psicológico foram avaliados personalidade, potencial de desenvolvimento cognitivo e aptidões.

Um comentário:

  1. O nosso sistema de segurança pública é ultrapassado e não mais satisfaz as necessidade da sociedade.Urgem mudanças drásticas e profundas.
    A PEC em comento é tímida, poderia abranger muito mais mudanças direcionadas a tendência das diversas profissões, ou seja, a especialização.
    Como é cediço, o nosso sistema policial é imitação do francês, com duas polícias, uma ostensiva - PMilitar- e uma velada - a PCivil.
    Para início de discordância, o pior absurdo é considerar a Polícia Civil como judiciária, pois pergunto que atividade a PC executa que é judicial, processual? Respondo: Nenhuma. Tudo que a PC faz direciona-se ao MInistério Público, visando a ação penal.Seu inquérito visa informações para a persecução penal, nada mais. Não há uma atividade judicial.
    Essa atecnia, característica marcante do nosso legislador, vem sendo mantida ao longo das Constituições, e termina no monopólio- desculpe o termo inadequado - das atividades de investigação.
    O mesmo ocorre com a PM, uma instituição-pato, ou seja, quer voar, nadar e andar, fazendo tudo ao mesmo tempo, resultando em ações incompletas.
    Nesse diapasão, conforme dito, a PEC é tímida, deveria contemplar não só a Polícia Penitenciária, mas, uma Polícia Ambiental, uma Polícia Fazendária, uma Polícia Rodoviária Estadual, uma Polícia de Fronteiras, uma Polícia Portuária, uma Polícia Aeroportuária e outras, com suas organizações idênticas as Polícias Rodoviária Federal e Federal, contendo um corpo ostensivo e outro investigativo em uma mesma corporação.
    Observem os desvios de funções das PM e das PC. Observem os corporativismos, as ingerências políticas, as subserviências pelos cargos comissionados, os serviços mal prestados, as investigações mal conduzidas, as polícias militares com efetivos imensos, despreparada, querendo executar todas as atividades, uma hora o PM é florestal, em outra é rodoviário, se o comandante não gostar será PO a pé. Agentes policiais fazendo ocorrências. Isso é prática abolida em países mais avançados. O sistema francês é arcaico.
    A questão de mais uma Polícia é receio de dividir o Poder, de perder e abrir espaços para outro. É uma visão mesquinha e particular em detrimento da coletividade, da sociedade. O Poder de Polícia não pode ficar concentrado em poucos organizações, conforme mencionado anteriormente, um monopólio.O poder de Polícia é algo inerente às atividades do Estado em benefício da coletividade, visa o interesse púlbico, e não o particular, de grupos. Visa controlar a liberade e a propriedade, em poucas palavras.
    Quanto aos conflitos de competência sugeridos pelo nobre colega, cabe a lei infraconstitucional dirimir e regular.
    Observem os bombeiros, ainda apregados a Polícia Militar. Bombeiro é atividade de defesa civil, e não de segurança pública. Tem que ser uma corporação independente, com seu corpo próprio,seu orçamento, seus estatutos e regulamentos.
    Assim, é um pouco da minha visão e da minha vivência de 23 anos de PM, e como Oficial.
    Precisamos de reformas urgentes, pois o crime se organiza, se especializa, e a sociedade clama por instituições especializadas para tender às suas necessidades.
    Abraços, Oficial da PM/Bahia

    Ewerton de disse...

    Belíssima colocação do colega (OFICIAL-PM/BAHIA)!Que reflete a visão de um estudioso que encherga a necessidade de evolução da Segurança Pública Nacional que se inicia na consciência de um cidadão preocupado com o futuro de seu país, e finalmente se concretiza com a criação e aprovação de leis que surgem a medida que uma sociedade necessita

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